terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ajudando Crianças Bilingues a Aprender


Como pais e professores podem aplicar técnicas para ajudar crianças bilingues a aprender


Quase duas décadas depois de identificadas as múltiplas inteligências de Howard Gardner em seu livro Frames of Mind (1983), educadores de todo o mundo estão usando a teoria de múltiplas inteligências em suas salas de aula. De certa forma, os pais e os professores intuitivamente sabem que as crianças aprendem de formas diferentes e que uma atividade que agrada uma criança pode não ser de interesse para a outra. Mas muitas das nossas idéias sobre o ensino tradicional implicam que existe determinada maneira de aprender competências específicas. Sentimos frustração em certos momentos em que nossos filhos ou alunos têm incapacidade para cumprir uma tarefa. Quando tivermos uma melhor compreensão das suas próprias inteligências e estilos de aprendizagem, poderemos fornecer experiências para lidar sobre a forma como as nossas crianças aprendem melhor.


As sete inteligências são: Lingüística, Lógica-Matemática, Sinestésica- Corporal, Musical, Espacial, Interpessoal e Intrapessoal


Para entender o estilo de aprendizagem da criança, deve-se observar como ela desempenha suas funções, ou quais brinquedos tende a escolher. Você perceberá que há algo em comum. Talvez os brinquedos tenham todas as cores brilhantes e padrões distintos, ou interessantes texturas e formas, ou fazem sons. Então olhe para a forma como ela interage com eles. Será que ela tende a olhar atentamente objetos ou a deter e senti-los em suas mãos? Talvez ela esteja menos interessada em brinquedos, mas no seu material, ou em dar cambalhotas, e fazê-los moverem se. Ao ler para uma criança o seu livro favorito, preste atenção ao que ela está mais interessada em fazer. Concentra-se em olhar para as ilustrações? Ouvir a cadência das palavras e rimas quando você lê em voz alta? Tocar os diferentes objetos desenhados na página? Ou será que ela praticamente pula fora do seu colo e começa a agir de acordo com as ações na história enquanto você as descreve?

A maioria das crianças tem um número de diferentes estilos de inteligências e a aprendizagem bilíngue pode ser envolvida em uma variedade de maneiras. Se você não vê uma forte preferência por determinadas atividades, isso significa que a criança tenha mais de uma inteligência primária ou que ela ainda não tenha desenvolvido uma forte predileção. Na maioria dos casos, você pode começar a ver uma especial preferência por estilos em torno de dois anos. Até então a criança provavelmente irá responder melhor a determinados tipos de atividades e experiências. Respeitar as inteligências individuais e estilos de aprendizagem significa oferecer a criança uma variedade de maneiras de aprender. Quase qualquer coisa pode ser ensinada de uma maneira que funciona bem para uma determinada inteligência. Quando você identificar e responder ao estilo de inteligência e aprendizagem da criança bilíngue, você irá ajudá-la na abordagem do mundo em seus próprios termos. Concentrando a sua inteligência para dominar novas habilidades de forma menos frustrante e poder ajudá-la a desenvolver uma vida de amor à aprendizagem.


Um dos benefícios da teoria das múltiplas inteligências é que ela oferece muitas opções. Se uma criança bilíngue não está respondendo a uma determinada atividade, há muitas outras abordagens para tentar. Depois de ter uma noção do estilo de aprendizagem da criança, olhe o ambiente a seu redor para ver como este se encaixa às necessidades e modifique-o para obter um melhor aproveitamento. Se você achar que a criança gosta de música, certifique-se que haja instrumentos musicais disponíveis. Tente reproduzir música durante todo o tempo e usando-as como uma forma de incentivar a memorização de diferentes atividades (uma canção especial de boas vindas, para almoçar, para repartir, para guardar os brinquedos, etc.). Se a criança parece ter uma poderosa inteligência corporal ou sinestésica lembre-se de criar atividades que envolvam exercícios físicos como saltos, corridas, enquanto você dá comandos de direcionamento em inglês esperando pela criança na chegada, tornando momentos difíceis mais fáceis. Embora a compreensão do estilo de inteligência do aluno ajude o professor a lidar com seus pontos fortes, também é importante dar-lhe oportunidades para reforçar as suas fraquezas.

Segue uma definição para cada tipo de inteligência e os tipos de atividades e experiências com crianças que tendem a se sobressair em determinadas áreas.

Linguística: Sensibilidade ao significado e à ordem das palavras. Estas crianças utilizam um vocabulário expandido e, geralmente, gostam de contar anedotas e histórias, adivinhações, trocadilhos, ler, escrever e fazer jogos de palavras. Uma boa maneira de iniciar uma linguagem orientada em inglês seria a de incentivar a criança a gravar ou descrever exatamente o que ela está fazendo ou observando durante uma aula de Ciências. Para ajudá-la a compreender um conceito matemático, como a contagem, é pedir-lhe para criar uma história em que um personagem tem de contar muitos itens. Providencie papel, lápis, canetas de diferentes tipos, livros de histórias e um gravador.


Lógica-matemática: A capacidade de manipular cadeias de raciocínio e de reconhecer padrões e ordem. Estes alunos se beneficiam de trabalhos com números, querem saber como as coisas funcionam, fazem perguntas, colecionam itens e mantém um registro das suas coleções. Para desenvolver o interesse de um aluno lógico-matemático por um livro em Inglês, peça-lhe para ordenar e classificar os diferentes itens ou animais que ele vê no livro. Ou para comparar os diferentes sons e tons em um instrumento que pode ser uma boa maneira de ajudá-lo a explorar conceitos musicais. Inclua sempre quebra-cabeças, jogos de encaixe, blocos e pequenas peças manipulativas.


Corporal-sinestésica: A habilidade de usar o corpo para manipular objetos com facilidade. A criança aprende a desfrutar de esportes e ser fisicamente ativa. Elas tendem a usar linguagem corporal, dançar, atuar, ou participar em mímica. Crianças com essa inteligência tendem a aprender bem através dramatizações, circulação em jogos, cenas e situações. Um jogo de amarelinha vai ajudar o aluno bilíngue a compreender conceitos de matemática mais facilmente do que contando itens. Uma boa experiência científica para uma criança corporal-sinestésica é comparar o quanto ela pode brincar com vários tipos de objetos. Vestir roupas e adereços para uma peça, arremessar sacos de feijão ou equipamentos esportivos, correr ao redor de obstáculos, etc. ouvindo instruções em Inglês.


Musical: Sensibilidade ao tom, melodia, ritmo e som. Essas crianças gostam de ouvir e tocar música, cantar, assobiar, mover-se com o ritmo, bem como criar e reproduzir músicas. Ouvir músicas em cds, dvds com áudio em Inglês pode ser a melhor forma de envolver a criança nas atividades. Para ensinar conceitos matemáticos utilize as batidas de palmas ou de um tambor para contagem ou crie padrões musicais de ritmo. Forneça-a inúmeros instrumentos para explorar, incluindo utensílios de cozinha, recorreco, cascas de coco, um gravador e uma variedade de músicas e sons para ela ouvir.


Espacial: A capacidade de perceber o mundo de forma rigorosa e de recriar ou transformar aspectos desse mundo. Estes alunos gostam de pintar, desenhar e construir com blocos, observar mapas, fazer quebra-cabeças e labirintos. Mostre fotos e imagens que irão ajudá-los a compreender melhor as novas informações verbais. Para envolvê-los em experiências científicas, peça-os para tirar as suas próprias conclusões em observações e registros. Forneça livros com fotos brilhantes, mapas, gráficos, bem como uma variedade de materiais de arte para eles estudarem.


Interpessoal: A habilidade em compreender pessoas e relacionamentos. Estas crianças fazem e mantem amizades muito facilmente, são populares e são excelentes jogadores em equipe.

Tentar sempre que possível, envolver a criança em jogos com grupos e debates. Esta irá provavelmente divertir-se com peças de teatro em Inglês usando fantasias, acessórios, marionetes, bonecos, e pequenas figuras.

Intrapessoal: A capacidade de utilização de uma vida emocional como meio para a compreensão de si mesmo e dos outros. Criança com este tipo de inteligência controla os seus próprios sentimentos e, muitas vezes, limita-se a observar e ouvir. Elas rendem melhor quando trabalham sozinhas. Incentive a criança a pensar em como fazê-la sentir novas experiências e ofereça-lhe muitas oportunidades para explorar tópicos sobre si própria. Para envolver um aluno em um projeto intrapessoal, peça-lhe para descrever suas experiências e emoções. Uma câmera, um gravador, bloco de desenho em branco, revistas que podem ajudá-lo a pensar e anotar suas observações.

Ao utilizar as técnicas de múltiplas inteligências dentro ou fora de uma sala de aula bilíngue, o professor ou os pais estarão desenvolvendo e habilitando a criança a explorar suas competências e habilidades, melhorarando suas deficiências de uma forma envolvente e sutil de aprendizagem com excelentes resultados acadêmicos e sócio-afetivos.


Texto: Paula Lyra – 19/05/2010

Bilinguismo na Primeira Infância



Não existe consenso quanto à idade ideal para iniciar a aprendizagem de uma língua estrangeira. Krashen (1982) estabelece uma distinção clara entre aprendizagem e aquisição. A aprendizagem refere-se ao estudo formal - receber e acumular informações e transformá-las em conhecimento por meio de esforço intelectual e de capacidade de raciocínio lógico. Em contrapartida, para ele, aquisição é desenvolver habilidades funcionais através de assimilação natural, intuitiva e inconsciente nas situações reais e concretas de ambientes de interação humana. Portanto, no desenvolvimento da proficiência em línguas, o que deve ocorrer é a aquisição. Ele defende a maior importância da aquisição sobre a aprendizagem, referindo-se a adolescentes e adultos. Considerando que a aquisição está mais intimamente ligada aos processos cognitivos do ser humano na infância, deduz-se que a aquisição é ainda mais preponderante no caso do aprendizado de crianças. Portanto, a proficiência lingüística pouco depende do conhecimento armazenado, mas, sim, da habilidade assimilada na prática, construída através de experiências concretas. Novamente, fica com mais clareza explicada a superioridade das crianças no aprendizado de línguas. Não são apenas fatores de ordem biológica que influenciam no aprendizado de uma língua estrangeira. Fatores de ordem psicológica e afetiva podem causar impacto direto na capacidade de aprendizagem. A criança, por natureza, tem um alto grau de curiosidade pelo desconhecido e forte sintonia com tudo no ambiente que a rodeia.


Portanto, ao ministrar aulas de língua estrangeira para crianças, deve-se proporcionar um ambiente tal que a aquisição ocorra de maneira natural. É como brincar com um bebê. Ele passa a prestar atenção aos sons quando começa a balbuciar ba, ba, da, da... a partir daí está treinando os fonemas básicos da língua. Assim como o primeiro contato com a LM (Língua Mãe) se dá por meio da mãe, o primeiro contato com a LE (Língua Estrangeira), na maioria das vezes, se dá por meio do/a professor/a. Ao que parece ambos têm um poder decisivo para o futuro da língua, que pode resultar numa comunicação apropriada que transmita senso de lógica e causalidade ou deixar tudo no nível obtuso do incompreensível.

Da mesma forma como aprende a primeira língua, a criança tem aptidão para desenvolver outras línguas. Após o aprendizado da escrita e da leitura, a assimilação de um segundo idioma se dá de forma mais facilitada e tranqüila. É claro que quanto mais cedo, melhor. Caso contrário, o aprendiz usará com mais relevo a estrutura da primeira língua, ao invés de raciocinar no segundo idioma e, com isto, irá se utilizar mais longamente da pura e simples tradução, se arrastando por mais tempo até conquistar o desejável estágio da fluência.

Levando em conta os fatores biológicos, pode-se também dizer que, numa criança os dois hemisférios do cérebro (o lado esquerdo ligado ao raciocínio lógico e analítico e o lado direito enquanto responsável pela parte criativa, artística e pelas emoções) estão mais interligados do que no cérebro de um adulto. Por isto, a aprendizagem é mais fácil no período anterior a lateralização do cérebro.


Ao interagir com o meio, a criança aprende a falar, ou seja, a aquisição da fala e a descoberta do mundo são dois processos que ocorrem ao mesmo tempo e, como tal, as estruturas neurais do cérebro que correspondem aos conceitos são adquiridos e associados às formas linguístico-comunicativas. Sendo assim, as crianças desenvolvem-se cognitivamente a partir de experiências concretas e da percepção direta, ao contatar com o meio que a circunda.

Tendo em vista todos estes fatores, pode-se dizer que a idade considerada ideal para o início do ensino de línguas estrangeiras é antes dos oito anos de idade.


Para Strecht-Ribeiro (1988:22), “o contato com uma outra língua não só é compatível com o domínio da língua materna, como ainda a favorece”. De fato, o bilinguismo ajuda as crianças a perceberem melhor a sua língua materna, uma vez que, assim, as crianças têm a oportunidade de comparar uma língua e a outra. Este processo não implica uma memorização de conhecimentos, mas, pelo contrário, implica uma automatização dos mesmos, como em um processo natural de aquisição.


O ensino precoce de línguas estrangeiras tem um papel preponderante para a construção de cidadãos autónomos, críticos e participantes, capazes de atuar com competência, confiança e responsabilidade na sociedade em que vivem.


A aprendizagem de línguas estrangeiras promove um desenvolvimento de uma atitude global, servindo o estudo das língua e cultura estrangeiras como meios de desenvolvimento da competência intercultural do indivíduo. Desta forma, esta aprendizagem precoce permite igualmente expandir os horizontes quando no contato com línguas e culturas diferentes, desenvolvendo uma consciência do Outro, no sentido de uma sensibilização à diversidade linguística e cultural, o que, por sua vez, fomentará uma aprendizagem futura, preparando o terreno para um ensino plurilingue a um nível mais avançado e promovendo confiança no sucesso da aprendizagem de línguas estrangeiras ao longo das vidas das crianças. Em outras palavras, a introdução precoce de uma língua estrangeira num ensino considerado precoce ajuda as crianças a desenvolver a tolerância para com outros povos que lhes são diferentes e permitir a compreensão entre indivíduos.


Texto de Isabela Sandoval adaptado por Paula Lyra – Maio de 2010

Bilinguismo




Estimular Crianças Bilingues
Escrito por Pablo Zevallos

Se em sua casa seu marido e você falam idiomas diferentes, não existem razões para que seu filho não possa se tornar uma criança bilingue. Um segundo idioma se aprende de forma igual ao que se aprende o primeiro.

Estimular crianças bilingues

A princípio, o bebê, ainda dentro da barriga da mãe, começará a ouvir sua linguagem e a familiarizar-se com ela. Se o pai lhe fala um segundo idioma, o bebê também se acostumará a escutá-lo. Os bebês primeiro ouvem para que depois possam expressar o assimilado, e assim aprender a utilizá-lo para adquirir comunicação fluida. O fundamental em todo o processo é ensiná-los com paciência e com muito carinho para que as crianças cresçam com uma reação positiva aos idiomas e que desfrutem ambos.

Se existe o interesse da família que a criança seja biligue, a casa não é o único lugar para aprender um segundo idioma. Hoje em dia, existem muitas alternativas e espaços para que a criança possa aperfeiçoar o aprendido em casa. Na escola, na rua, na biblioteca, ou em outros lugares. Escutar, falar, ler, e escrever um segundo idioma é parte do processo para ser bilingue.

Como ajudar ao filho a ser uma criança bilingue

Ajudar ao seu filho para que escute ou fale um segundo idioma pode ser iniciado e praticado em casa, através das conversações diárias, ou através de filmes, ou da música. No entanto, existem caminhos para ajudá-lo no processo de ler e escrever:

1- Os pais podem conseguir materiais no segundo idioma como livros, revistas e jogos didáticos;

2- Os pais podem escutar seus filhos lerem no segundo idioma, sem importar que eles não entendam o que a criança está lendo. O processo em si mesmo lhes dá a oportunidade de comprometer-se na prática da leitura que promove e dá o suporte necessário para adquirir o segundo idioma.
Além disso tudo, o que os pais podem fazer para que a criança pratique um segundo idioma, é conscientizá-la do privilégio e das vantagens que tem a criança ao dominar dois idiomas.

3- A terceira proposta é matricular em escolas e colégios bilingues, o que dará mais segurança quanto a expressão do idioma. Nas escolas bilingues, a criança compartilhará seus conhecimentos com outras crianças e se sentirá mais acolhido, melhorando ainda mais a prática no idioma.

Para ser bilingue

Existem diferentes caminhos para que uma criança seja bilingue. Investigações mostram que é preferível desenvolver bilinguismo em crianças menores porque é uma forma natural para aprender dois idiomas ao mesmo tempo. Aprender um segundo idioma inclui os pais, fatores econômicos, a comunidade, experiências, ambiente no colégio e a cultura, que podem fornecer as ferramentas necessárias para chegar ao bilinguismo com êxito.

Fonte consultada: Guía de Bilingüismo para padres y profesores, de Colin Baker. Colin Baker é autor de vários livros sobre bilinguismo e educação bilingue. Ele é professor de Educação da Universidade de Gales.

Bilinguismo

Crianças Bilingues

Teresa Paula Marques - Psicóloga Clínica, www.teresapaulamarques.com

Data: Fevereiro, 2008

"As línguas não existem. Existem pessoas que falam línguas".
Louis-Jean Calvet (Linguísta)

O ser humano é, por excelência, um animal social. Logo após o nascimento o bebé começa a tentar comunicar com a mãe com os instrumentos que possui. É hoje sabido, por exemplo, que o choro possui características distintas, quer se trate de uma aflição, fome, aborrecimento, desconforto... distinções que a mãe consegue interpretar de forma a conseguir ir ao encontro das suas necessidades.

Por volta dos três meses, o bebé produz sons que nada têm em comum com a linguagem do adulto. Estes vocábulos têm como objectivo continuar a favorecer a interacção mãe-bebé e fortalecer os laços afectivos que os unem.

Entre os seis e os oito meses, as inflexões e ritmos passam a ter uma maior riqueza. Ao ano, o bebé pronuncia aquilo que se pode considerar o esboço de algumas palavras. Aos completar dezoito meses, estará habilitado a dizer palavrinhas simples ("olá", "dá", "sim", "não") e a compreender ordens.

Contudo, há que ter bem presente que cabe aos pais estimular todo este processo, pois só assim os mais pequeninos se sentirão motivados para aprender. Em regra, aos vinte e quatro meses dá-se uma autêntica explosão de vocabulário. As crianças tornam-se autênticas tagarelas. Gostam de falar e mesmo que não saibam ainda designar os objectos através dos seus nomes correctos, encontram formas alternativas de se fazerem entender.

Aprender duas línguas

Pode acontecer que sendo oriundo de Portugal, a criança viva num outro país ou então os pais sejam de países diferentes. Nestes casos, a criança tenderá a ser bilingue, ou seja, desenvolverá a habilidade de comunicar em duas línguas.

Nas crianças bilingues, a aquisição da linguagem faz-se, em regra, um pouco mais tardiamente, por volta dos três ou três anos e meio. Haverá então a tendência para articular perfeitamente as duas línguas, como também conseguirão compreender qual é que vai de encontro à pessoa que a usa ou seja, pode falar português com a mãe e de seguida responder em espanhol ao pai.

Para além disso, é comum que o façam sem que um sotaque esteja a "contaminar" o outro. Se estivermos atentos, conseguiremos perceber que o próprio raciocínio se efectua na outra língua, isto é, não existe qualquer processo de tradução. É que a aprendizagem precoce de uma segunda língua está neurologicamente bastante facilitada. As estruturas que facilitam a capacidade do bilinguismo estão, nas crianças, instaladas numa parte do cérebro diferente dos adultos.

Isso explica que seja bastante mais fácil aprender uma nova língua no ensino pré-escolar e daí que a inclusão do inglês nos curriculla do ensino português seja uma medida a incentivar. Se o início da aprendizagem for para além dos 10 anos, pode nunca se conseguir atingir um bom nível de aprendizagem.

De certo modo, ainda que não fosse apoiado por conhecimentos científicos, este facto já tinha sido detectado. Não é por acaso que o povo costuma dizer que "burro velho não aprende línguas". Quando o adulto aprende uma segunda língua, constrói novas áreas no cérebro para armazenar estas informações, enquanto que a criança as incorpora nas estruturas cerebrais já existentes.

Bilinguismo e Surdez

O bilinguismo precoce, no caso da surdez, é de vital importância pois permite ao surdo desenvolver-se cognitivamente (memória, capacidade de observação e de abstracção), adquirir conhecimentos acerca do mundo que a rodeia e aculturar-se quer ao mundo dos surdos, quer ao mundo dos ouvintes.

Assim, as crianças surdas, independentemente do seu grau de surdez, deverão crescer bilingues. A linguagem gestual será a primeira a ser adquirida. A sua riqueza incontestável, permite que logo se estabeleça uma comunicação entre os pais e o bebé surdo, o que fortalece os laços afectivos. Posteriormente a linguagem oral (tanto escrita como falada) será adquirida. Mesmo que o surdo nunca consiga falar correctamente, é importante que se esforce por comunicar verbalmente, auxiliado pelo gesto.


Algumas dicas para estimular o bilinguismo

- Fale com o bebé na sua língua. A princípio ele não irá entender, mas familiarizar-se-á com os sons...
- Ensine-lhe rimas e canções de embalar.
- Faça a criança sentir orgulho no facto de saber duas línguas.
- Não se ria quando ela se enganar ao escrever, ou pronunciar uma palavra.
- Seja consistente. Seja qual for o padrão de uso do português e da outra língua na sua casa, não altere esse padrão.
- Encare o bilinguismo com naturalidade.
- Não force, não cobre e não exija. Fale com o seu filho naturalmente. O resto virá por si.

Falsos Mitos

- Aprender duas línguas confunde as crianças e diminui-lhes a inteligência.
- Deve-se aprender primeiro uma língua e depois outra.
- Ser bilingue provoca problemas de identidade.
- Quem fala duas línguas, pensa só em uma e traduz mentalmente a outra.

Bilinguismo


Vantagens do Bilinguismo
Escrito por Vilma Medina
De: guiainfantil.com

Alguns pais consideram que a aprendizagem de um segundo idioma pode representar um freio e inclusive um atraso no desenvolvimento linguístico da criança, ainda que não existam provas concretas a respeito. Uma vez ou outra, a criança poderá confundir alguma palavra entre os dois idiomas, mas esses casos são normais a princípio, principalmente quando os idiomas apresentam palavras semelhantes. No entanto, essas pequenas falhas podem desaparecer com o tempo.

O bilinguismo ajuda a criança aprender outros idiomas

Segundo alguns investigadores, as crianças expostas desde muito cedo a duas línguas, crescem como se tivessem dois seres monolíngues alojados dentro do seu cérebro. Quando dois idiomas estão bem equilibrados, as crianças bilingues têm vantagem de pensamento sobre crianças monolingues, o que quer dizer que o bilinguismo tem efeitos positivos na inteligência e em outros aspectos da vida da criança. E que isso não representa nenhum tipo de contaminação linguistica nem atraso na aprendizagem. Dizem que é muito melhor a aprendizagem precoce, ou seja, falar com as crianças ambos idiomas desde o seu nascimento, pois permite o domínio completo da língua, ao contrário do que sucede se se ensina a segunda língua a partir dos 3 anos de idade.

Outros afirmam que são muitas as vantagens na hora de educar uma criança para que seja bilingue. Que tudo dependerá da forma que se introduza esse idioma. Não se pode obrigar que a criança o fale. O importante, a princípio, é que a criança ouça sempre e se familiarize com ele pouco a pouco, sem pressas nem obrigações.

Outros especialistas, sustentam que as crianças expostas a vários idiomas são mais criativas e desenvolvem melhor as habilidades de resolução de problemas. E além disso, falar um segundo idioma, ainda que seja só durante os primeiros anos de vida da criança, a ajudará a programar os circuitos cerebrais para que lhe seja mais fácil aprender novos idiomas no futuro.

Por outro lado, existem alguns científicos que contiuam defendendo o atraso do treinamento linguístico e recomendam que a criança aprenda uma segunda língua somente qundo tenham suficiente conhecimento da maternal.

Vantagens de ser uma criança bilingue

1- Comunicação. A capacidade de comunicação com os pais, familiares, e com mais pessoas quando viajam ou convivem com pessoas estrangeiras. Somando-se a isso, as crianças bilingues têm duas vezes mais capacidade de ler e escrever, e seu conhecimento é mais amplo pelo seu maior acesso à informação global.

2- Cultural. O acesso a duas culturas diferentes. À literatura, às histórias, a diferentes comportamentos, tradições, conversações, meios de comunicação, etc.

3- Conhecimento. Quanto mais conhecimento, mais desenvolvido será o raciocínio de uma criança bilingue. Através dele, podem ser mais criativos, mais flexíveis, e adquirir uma mente mais aberta ao mundo e aos demais.

4- Oportunidade de trabalho. As portas do mercado de trabalho se abrirão e oferecerão mais oportunidades às pessoas bilingues.

Idea from BBC Learning Zone




Polar Bears

Key Info:

Polar bears must adapt to melting ice caps

Duration: 04:33
In the high Arctic, polar bears are witnessed behaving in different ways from those seen previously in 1996. Experts discuss the spectacle of polar bears hunting walruses instead of small ringed seals. They suggest this change is a result of polar ice caps melting and polar bears rapidly losing ice cover. The bears will have to either migrate south or come onto dry land and adapt quickly to a new habitat to survive.
Credits:
Peter Scoones
Subject:
Science Topic: Evolution and Environment

Ideas For Use in Class:

Prior to watching the clip, ask students to identify the unusual behaviour of the polar bear and determine why it is unusual. Students can then be asked what triggered this abnormal behaviour. Students’ understanding can then be extended by asking what the two possible futures for polar bears might be: migration south or extinction.

From:http://www.bbc.co.uk/learningzone/clips/5502.html


Como Criar um Ambiente Adequado e Acolhedor na Sala de Aula de Educação Infantil

Autora: Cássia Ravena Mulin de Assis Medel




A sala de aula de Educação Infantil deve ser ampla e pode ser montada em um único ambiente ou em dois os três ambientes, por exemplo.

Deve ser reservado um espaço para a “rodinha”, onde são realizadas atividades do cotidiano como: chamada; calendário; contação de histórias; canto de músicas e outras.

A sala poderá conter os “cantinhos”: o cantinho da leitura, de matemática, das ciências, de historia e geografia, de artes, da psicomotricidade, da dramatização, por exemplo.

O cantinho da Leitura, incluindo livros de história de papel, de tecido, de plástico, e outros materiais; revistas em quadrinhos, por exemplo, e livros confeccionados pelos próprios alunos.

O cantinho de Matemática, incluindo jogos relativos à disciplina, como, por exemplo: Dominós; baralho; jogo da memória; ábacos; cuisinaire; material dourado; numerais em lixa e outros que poderão ser adquiridos ou confeccionados pelo próprio professor e pelos alunos. Poderá ser montado um minimercado com estantes incluindo embalagens vazias de produtos e uma “caixa registradora”.

O cantinho das Ciências, que poderá incluir livros referentes à disciplina; experiências realizadas pelos alunos como o plantio do feijão; um terrário; um aquário; por exemplo.

O cantinho de História e Geografia, que poderá incluir materiais como um quebra-cabeças do mapa do município onde os alunos residem e outro do Brasil; confeccionados pelo professor e pelos alunos, no caso do 3º Período, e uma maquete dos Planetas da Galáxia, incluindo o Planeta em que vivemos A Terra, utilizando bolas de isopor de tamanhos diversos para representarem os planetas.

O cantinho de Artes, incluindo, materiais necessários para os alunos realizarem atividades de artes, como, por exemplo: tinta guache, pintura a dedo, anilina dissolvida no álcool, massa de modelar, revistas para recorte, tesouras, cola, folhas brancas para desenho, lápis de cor, giz de cera, hidrocor e outros.

O cantinho da Psicomotricidade, que poderá conter materiais como tênis (de madeira) com cadarço para o aluno aprender a amarrar, telaios (material montessoriano) com botões, colchete, velcron ( para as crianças aprenderem a utilizá-los), tabuleiro de areia, materiais e jogos de encaixe, de “enfiagem”, como, por exemplo, ( para enfiar os macarrões ou contas no barbante para trabalhar a motricidade refinada das crianças).


O cantinho da Dramatização, que poderá incluir um espelho afixado de acordo com o tamanho das crianças, trajes dentro de um baú como, por exemplo, fantasias, acessórios como chapéus de mágico, de palhaço, enfim de diversos tipos, cachecóis, echarpes, bijouterias, estojo de maquiagem e outros. Poderá ser construído um pequeno tablado de madeira, onde as crianças poderão apresentar as dramatizações.

O mobiliário deverá ser adequado ao tamanho das crianças: mesas, cadeiras, estantes, gaveteiro (para guardar o material pessoal dos alunos: escova de dentes, creme dental, pente ou escova, avental e outros), cavalete de pintura e outros.

Os murais da sala podem ser confeccionados com materiais como cortiça, no estilo flanelógrafo, utilizando tecido próprio, onde deverão ser expostos os trabalhos dos alunos: pesquisas, exercícios, atividades de artes e outros.

Quadro de giz afixado de acordo com tamanho dos alunos.

Todo material que for afixado na parede, como por exemplo: murais, quadros de chamada de giz, linhas do tempo, janelinhas do tempo, cartazes, e outros deverão ser colocados de acordo com o tamanho dos alunos para que estes possam visualizar.

As paredes da sala devem ser de cores claras, pois além de clarear o ambiente, “passam” tranqüilidade às crianças.

É fundamental que haja um cantinho reservado para colocar colchõezinhos, caso alguma criança adormeça, pois nessa fase algumas ainda dormem durante o dia. É necessário também o travesseirinho e uma manta ou edredon para os dias mais frios.

Concluindo, a sala de aula de Educação Infantil deve ser clara, arejada e deve conter “estímulos” apropriados ao desenvolvimento integral da criança.


De: http://sitededicas.uol.com.br/art_criar_ambiente.htm
Disciplina Dentro de Casa
Autor: Jon Talber

De:http://sitededicas.uol.com.br/art_disciplina_em_casa.htm



A experiência do aprender não pode resultar de teorias, fazer isso é coisa inútil. Como atividade para momentos ociosos serve, mas não pode ser chamada de pedagogia.

Não desenvolvemos nosso tato, ou audição, ou paladar, o que na verdade ocorre, é a simples adaptação dos mesmos às condições ambientais. O resto é interpretação, é dar nomes ao que estamos fazendo, ao que estamos sentindo. Não se amplia o tato, ou audição, ou paladar, através do conhecimento adquirido, apenas nos especializamos em interpretar aquilo com o qual temos contato.

eria de grande utilidade que aprendêssemos sobre nós mesmos, antes de nos propormos a ensinar nossos filhos e alunos. Não deveríamos ensinar aquilo que não somos, mas podemos fazê-los repetir aquilo que também já repetimos. Isso não é educar, trata-se apenas de fazê-los, à força de alguma sugestão, adaptarem-se ao que também já nos adaptamos antes deles. Repassamos instruções, assim também como nos repassaram um dia. Instruções não educam, mas ajudam a tornar o indivíduo, um excelente profissional, um exímio imitador de gestos, expressões e palavras alheias.

Poderíamos começar do básico, com nossos medos. O que são os nossos medos e por que, a despeito de toda força da tradição, da cultura milenar, da nossa especialização que atinge o mais elevado nível intelectual, ainda não somos capazes de lidar adequadamente com ele? Por que ele persiste em nos atormentar vida afora apesar de todo poderio intelectual conquistado pelo homem até esse momento? Criam-se especialistas na psique humana, especialistas em angústias, em tristezas, mas a despeito de tanto empenho, por que tais perturbações continuam a fazer parte dos nossos mais importantes problemas?

Não começamos agora, somos o resultado de milênios de cultura e tradição; do poder das autoridades doutrinárias, dos reformadores "bem intencionados", das centenas de homens de "boa vontade" que já povoaram as muitas civilizações de todos os tempos, e nossos problemas, ao contrário de nós, não são coisa nova. Somos recentes sobre a terra, nossos problemas não o são. Perduram a milhares de homens e tradições; de mudanças e guerras sociais, e a despeito do progresso material alcançado, psicologicamente parece que não progredimos um passo sequer.

Ainda somos tão medrosos quanto nossos mais primitivos ancestrais, e nossos estados emocionais, nunca compreendidos, portanto nunca resolvidos, continuam a ser nosso principal embaraço existencial. Por que insistem as instituições chamadas de educacionais, em manter os seus modelos que já sabem tratar-se de uma metodologia estúpida, e sem pretensão nenhuma de construir um homem sensato? São capazes de instruir alunos a se tornarem repetidores voluntários, que agindo como se fossem máquinas, vivem no seu dia a dia como autômatos, seguindo ordens, obedecendo à comandos, sem a menor sensibilidade; repletos de todos os medos e angústias que já experimentaram todos os outros homens.


Não poderia ser diferente a angústia desse homem, uma vez que como imitadores perfeitos que são, que simplesmente se adaptam às situações do dia a dia, ou se deixam levar como pesos mortos, sem opor resistência alguma, ao sabor da correnteza, continuam a repetir até a forma dos sofrimentos dos ancestrais.

Se o objetivo da vida de cada homem, "educado" segundo estes critérios for à manutenção do caos humano, da angústia e sofrimento que se arrasta civilização após civilização; da manutenção dos seus medos e violência, das guerras cujo objetivo é tão somente defender a supremacia de opiniões estúpidas e sem valor, então as escolas atuais são perfeitas para ele. Se ao contrário, qualquer uma dessas coisas o incomoda, não o são, uma vez que não cuidam de ajudar a resolver esse problema.


Observando a ordem interna de nossas casas, logo podemos perceber, que o bom senso que buscamos fora dela, deve-se ao fato de não o praticarmos internamente. Na maioria das vezes, os melhores amigos de nossos filhos e filhas, não são seus pais, mas amigos de fora. Isso é quase uma regra geral, que faz parte da tradição e cultura, que é mesmo incentivado pelas escolas e pelos próprios pais, e alguns poucos que se aventuram em contrariar tal prática, logo são considerados estranhos, de fora de moda, ou caretas.

A criança, mais que um adulto, necessita de cuidados especiais, de uma atenção maior por parte dos educadores e pais. Estão elas sendo "formatadas" para se tornarem adultos, e a depender dessa formatação, construirão um mundo de desarmonia ou harmonia. Mas como podemos construir nosso filho ou aluno, à imagem do bom senso, se as influências de todas as partes, a nosso ver, teimam em fazer o contrário? Será que o exemplo não começa dentro de casa? Afinal de contas, esse é o ponto de origem de qualquer criança. É seu ponto de partida e de chegada ao final do dia, ou do período que se mantém afastado dos pais.


Supondo que caminhemos sobre uma linha reta, sobre a qual podemos andar para trás ou para frente; e qualquer que seja o sentido ou a direção que venhamos a tomar, será sempre, para trás ou para frente. É uma linha inflexível, e esta representa o que nesse momento somos como indivíduo; nossa inteira formação psicológica, nosso modo de avaliar coisas e pessoas, nosso arquivo pessoal de informações com as quais julgamos qualquer situação do nosso viver. Essa linha inflexível representa o tempo, o tempo necessário para a assimilação das idéias do mundo, e construção de nossa personalidade. Não são idéias novas, pois nem o mundo é novo, nem suas tradições são novas. Mas como seres recém chegados ao mundo, logo nos tornaremos tão velhos quanto suas idéias e tradições, pois são elas que formatarão nossas personalidades, e sentimentos, e medos, e angústias.

Podemos constatar tudo isso de uma forma muito singular. Perguntemo-nos se há em nós algum sentimento emocional único, nunca experimentado e rotulado antes por mais ninguém; e mais ainda, se há alguma idéia absolutamente nova em nossos pensamentos, uma vez que qualquer idéia se baseia em tudo que existe, e que já assimilamos do próprio mundo. A resposta será não, pois o mesmo conhecimento que formou minha psique é também do mundo, e está disponível para todos. É claro que cada cultura contribui com uma parte, e na parte de nossa cultura, nos encaixamos. E todas as culturas juntas, como fragmentos, formam o conhecimento do mundo, a mente, ou psique possível desse mundo.

Isso inclui o conhecimento material e o emocional; os problemas criados e as soluções sempre parciais que se apresentam. Somos o resultado de tudo isso, e sensato seria questionarmos por que as soluções são sempre parciais, e por que ainda há o problema do medo, dos conflitos, do sofrimento.

Passados tantos séculos de tentativas; de planos para colocar o homem em ordem, de repressão violenta com a mesma intenção; de reformas sociais e religiosas, sem um resultado definitivo, resta-nos questionar se o pensamento do homem, todo o seu conhecimento, é capaz de promover essa tal transformação.

Podemos continuar a esperar pela escola, pelas reformas sociais ou políticas; que o tempo resolva a questão, a despeito de passados milhares de anos e civilizações, ainda não o ter feito, ou podemos, ao contrário, começarmos uma reforma em casa, um ajuste interno que não dependa mais de tais influências ou opiniões, de quem quer que seja. É um passo gigantesco, uma vez que não nos guiaremos mais por ninguém, nenhuma tradição ou propaganda. Será um aprendizado novo, a partir de nós mesmos, da prática com nossa família e amigos, do contato intimo com nossos filhos e cônjuges. Aprenderemos enquanto vivenciamos, enquanto sentimos; enquanto sofremos com nossos problemas, ou enquanto nos empenhamos em resolvê-los, e dessa experiência, certamente que nascerá um novo homem.





Crianças Agressivas

Crianças agressivas: como lidar com elas?
Autora: Antoniele Fagundes



A agressividade infantil pode se tornar um hábito para a vida adulta, se não cuidada com o devido preparo...





A infância é o período mais rico e importante da vida de qualquer pessoa. Nesta fase são absorvidos valores e despertados talentos. Muitos comportamentos adultos têm suas primeiras manifestações nesta saudosa fase tão linda e inocente.

Crianças na primeira infância muitas vezes se expressam mordendo, gritando, beslicando ou chutando. Antoniele Fagundes, Consultora Familiar e dona da empresa Babá Ideal, explica que nos primeiros anos de vida as crianças estão aprendendo como funciona a sociedade e quais as suas potencialidades. Testar as capacidades que nosso corpo pode fazer como chutar e gritar ou experimentar o corpo de outra pessoa, mordendo ou beliscando é um importante aprendizado.

Caso esse comportamento perdure ou aconteça de forma exacerbada, pode ser um sinal de que algo não está bem. Os pais devem estar atentos aos ataques de agressão e conversar de forma firme, mostrando que a criança pode adquirir o que deseja sem ter que machucar o outro. “O castigo pode ser temporariamente satisfatório para os pais. No entanto, pelos exemplos que tenho acompanhado, apenas dá uma pausa e faz a criança muitas vezes ficar mais tensa ao ter que lidar sozinha e quieta com aquelas sensações de euforia e agressividade”, aponta Antoniele.

Há casos em que os pais se culpam pelo pouco tempo passado com os filhos e deixam de cumprir seu papel de orientador e disciplinador durante os momentos que estão juntos. A permissividade que atualmente existe em muitos lares é fator importante na observação de um quadro de agressividade infantil. “As crianças estão a todo tempo testando os limites do seu comportamento para saber até onde podem ir. Quando os pais ou educadores não impõem regras claras e firmes, a criança sofre com a falta de alguém para limitar suas ações”, esclarece a consultora.

Regras e limites são importantes para que as crianças aprendam a controlar seus impulsos agressivos e lidar com as frustrações para conviver em sociedade de forma saudável. A falta de orientação e limites permite que a criança cresça desestruturada. Pais com posturas firmes e carinhosas conseguem equilibrar a situação.

Para famílias que já tentaram diversas maneiras de conter atitudes negativas de seus filhos e mesmo assim ainda possuem dificuldades em conseguir uma solução definitiva, a consultoria familiar tem muito a oferecer. Através de conversas esclarecedoras, os pais podem se dar conta que pequenos gestos contribuirão para a felicidade maior do filho e harmonia familiar.


De:http://sitededicas.uol.com.br/artigos_index.htm